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Eu me lembro da Marisa cantando "Bem Que Se Quis" na televisão (não me lembro se no Fantástico) lá em 1989. Mas entrei de fato em contato com sua obra em 1991. Foi o ano em que comecei a ler todo mês a revista Bizz, e a Marisa foi a capa numa das primeiras edições que li. No fim do ano, no Natal, minha mãe ganhou o LP do "Mais" no amigo oculto da família e ouvimos muito, muito mesmo, o disco lá em casa. Até hoje é o meu preferido. Como eu era fã dos Titãs (e na época ela andava muito com eles, inclusive namorava o Nando), foi uma porta de entrada bem natural.

O "...Cor de Rosa e Carvão" já me lembra a época da minha mudança de Itaperuna pra Campos, começo de 1995, a gente ouvindo a fita gravada com o disco no carro nas viagens entre as cidades, geralmente à noite. Talvez por tudo isso, as despedidas, a estrada noturna, eu sem saber o que me esperava, me passe mais uma sensação de melancolia, de beleza triste.

O "Memórias, Crônicas..." eu me lembro exatamente da primeira vez que ouvi. Foi numa aula de Literatura no colégio, terceiro ano do Ensino Médio. A professora levou o som pra sala e anunciou: "esse é o novo CD da Marisa Monte". E tocou "Amor I Love You" pra começar a falar, claro, de Eça de Queiroz. A música foi tão marcante pra turma toda que no fim do ano, quando fizemos uma viagem pra praia juntos à guisa de "formatura", um amigo nosso tocava no violão, todo mundo cantava e eu solava a parte do Arnaldo Antunes, que aprendi e decorei.

Gosto bastante também do "Universo Ao Meu Redor" e do "Infinito Particular" e ouvimos muito aqui (meu pai adora, especialmente o primeiro). Mas depois disso, gostei de pouca coisa que ouvi (e nada desse último disco, "Portas"). Algumas delas, eu sinceramente achei bem fraquinhas. Mas a Marisa, com trocentas canções que marcaram a minha vida, já tem o cantinho dela especialmente reservado aqui na coleção. E no coração.

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nessa época de bem que se quis eu via muito pouca tv e ouvíamos rádio sertanejo ou crente. eu ouvia o nome da marisa monte e, não sei porque, associava à fernanda torres. só fixei a cara dela na música, no vma de 1995. o portas é bom, mas acho que não tem mais o mesmo impacto de ouvir uma vez e ficar impressionado. agora leva um tempo. mas no show, as velhas e as novas estão bem irmãs, a banda fez uma colagem boa nos arranjos, não dá pra ficar parado nenhum momento.

amei seu comentário 😃

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Ah Junior! Obrigada por me fazer ter vontade de voltar a ouvir a Marisa (fiz a listinha com as músicas que você listou no spotify) porque, assim como você, precisei dar um tempo nela depois do coraçãozinho partido!

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Hahahaha, o bom dos grandes amores são os grandes amores, o ruim é que eles arruinam uma porção de música boa.

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