eu dei sorte: estudei quase a vida toda na mesma escola e até hoje - quase trinta anos depois - tenho contato próximo com os amigos que fiz naquela época.
nossa, deve ser muito legal acompanhar de perto as mudanças e os crescimentos de cada um! tenho uns dois amigos de meus primeiros empregos que são assim pra mim. e da faculdade carrego sempre a mesma turma comigo, meu grupinho. é menos tempo junto, mas tanta coisa já mudou de 12 anos pra cá. obrigado pelo comentário.
Que texto incrível Junior!!!! Me identifiquei demais com a sensação que tu sente... Eu também não sinto tanta saudade da escola assim... Foi um momento bom... Mas que passou. Agora é outro momento, outra pessoa, outro ideais...
Mais uma vez : parabens por esse trabalho incrível com a Newsletter ❤️
Que texto lindo Júnior, me identifiquei demais! Fujo da romantização do passado, lembro de várias coisas com carinho, mas é algo que quero que permaneça lá, onde um dia habitou.
sim, acho que não dá pra fugir do passado, mas é como uma bula explicando do que a gente é feito, não um mapa que tem que obrigatoriamente guiar nossos próximos passos.
Esse texto incrível me encheu de saudade da minha avó. Se pudesse voltar no tempo, também seria nela que eu daria mais um abraço. Como boa mineira, sinto que nós já nascemos com saudade de alguma coisa e passamos a vida em busca dessa parte que falta. Quando amadurecemos percebemos que ela sempre estave ali e estava escondida nas pequenas memórias do dia a dia. Adorei... E já estou curiosa para conhecer mais da personagem nostalgia 🫀
obrigado pela leitura, cynira. é bom saber que fomos amados. colo de avó é uma coisa que faz falta pra sempre, né? não há como voltar o tempo, mas há como lembrar com amor e isso é meio como ter de volta de alguma maneira. um abraço!
Vivi uma experiência que se revelaria traumática às portas da adolescência, que foi uma mudança de cidade em 1995. Sempre tive dificuldade de me adaptar a coisas novas - e, como você, mudei de colégio várias vezes. Mas daquela vez foi pior. De início, eu imaginava que seria algo temporário e que logo voltaríamos pra onde a gente morava. Mas o tempo foi passando e vi que isso não iria acontecer, o que me fez mergulhar num período muito complicado. Não gostava de ninguém, não me identificava com as pessoas nem com o lugar, não gostava de sair de casa, não gostava das coisas da época, estava sempre de cara fechada. Minha adolescência foi, de longe, a pior época da minha vida.
E nisso, o apego que sempre tive ao passado (até ao que não vivi) se intensificou absurdamente. A ponto de eu não deixar meus pais venderem a casa onde a gente tinha morado na outra cidade. Mas pior foi quando percebi que lá na outra cidade as coisas também haviam mudado. Meus amigos da rua não moravam mais lá, lugares onde eu gostava de ir não existiam mais, até um dos colégios onde estudei tinha fechado. Foi um beco sem saída: eu era infeliz onde estava, mas já não podia voltar para onde era feliz, porque esse lugar não era mais o mesmo.
Até conheci, depois de mais uma mudança de colégio, uma turminha que me ajudou a "sair do casulo", como você colocou. Mas foi uma época em que muito mais eu tentei "me adequar" do que me expressei como de fato era. Só saí desse mundinho quando vim para Niterói fazer faculdade.
Por outro lado, fui ficando mais pragmático. Embora tenha continuado a cultuar o passado, percebi que a saudade era da época, de todo um contexto pertinente a ela, e sinto que não faz mais sentido voltar aos lugares hoje, nem reencontrar as pessoas, porque o tempo passou. Não só elas mudaram como eu mudei. Claro, tenho muita saudade da minha avó, por exemplo. Mas com cada turma de colégio pelo qual passei eu era um Emmanuel diferente, que por sua vez também é bem diferente do de hoje. Não me reconheço mais na cidade, nas pessoas, nem em mim em relação a aquele tempo. Tudo isso ficou lá.
Eu adoro abrir a caixinha do passado, os álbuns de fotos, e relembrar como era. Inclusive minha newsletter aqui é toda sobre isso. Mas as pessoas e as coisas não costumam se conservar como em cápsulas do tempo. Sendo assim, hoje prefiro seguir adiante.
gosto de gente que diz "tenho muito a dizer sobre isso" e diz. acho que a saudade é da gente mesmo naquele tempo, mas depois de muito viver a gente se dá conta que não se perdeu, que tá tudo dentro da gente, é só saber como acessar. e leitura, música, tv, comida, conversar com quem foi testemunhas de nós ajuda a chegar nesses nossos eus do passado.
quem tem o privilégio de viver a vida de adulto como quer sabe bem como é essa dorzinha que fica lá no fundo do peito... estamos onde queremos estar, mas também sentimos falta do que deixamos pra traz. linda reflexão
eu dei sorte: estudei quase a vida toda na mesma escola e até hoje - quase trinta anos depois - tenho contato próximo com os amigos que fiz naquela época.
nossa, deve ser muito legal acompanhar de perto as mudanças e os crescimentos de cada um! tenho uns dois amigos de meus primeiros empregos que são assim pra mim. e da faculdade carrego sempre a mesma turma comigo, meu grupinho. é menos tempo junto, mas tanta coisa já mudou de 12 anos pra cá. obrigado pelo comentário.
é incrível! já teve a fase das formaturas na faculdade, dos casamentos... agora é a dos filhos.
Coisa linda de ler.
obrigado, alice ❤️❤️
só você pra lembrar da música uh la la la, i love you baby, migrei pro meu túnel da saudade tb <3
foi um hit né? ❤️
Que texto incrível Junior!!!! Me identifiquei demais com a sensação que tu sente... Eu também não sinto tanta saudade da escola assim... Foi um momento bom... Mas que passou. Agora é outro momento, outra pessoa, outro ideais...
Mais uma vez : parabens por esse trabalho incrível com a Newsletter ❤️
puxa vida, obrigado, vindo de um escritor, eu só tenho a agradecer.
Coisa linda esse texto. De terminar com o coração quentinho e a certeza de estar viva.
obrigado, bruna. ❤️
Que texto lindo Júnior, me identifiquei demais! Fujo da romantização do passado, lembro de várias coisas com carinho, mas é algo que quero que permaneça lá, onde um dia habitou.
sim, acho que não dá pra fugir do passado, mas é como uma bula explicando do que a gente é feito, não um mapa que tem que obrigatoriamente guiar nossos próximos passos.
texto perfeito!
puxa, muito obrigado <3
dizia aos quatro ventos que queria ser adulta e minha mãe falava que iria me arrepender. dá trabalho ser adulta, mas é onde me realizo também. :)
da juventude eu queria o colágeno e a elasticidade, de resto fico com meu eu de agora mesmo.
Que texto bonito, Junior! A forma como você elabora as diferenças entre saudade e nostalgia fez todo o sentido.
obrigado, raísa, que bom que fez sentido aí também. um beijão!
Amei o jeito como você conseguiu traduzir esses sentimentos de forma tão simples. bonita e fácil de ler!
eita, que comentário bonito, muito obrigado pela leitura. <3
Esse texto incrível me encheu de saudade da minha avó. Se pudesse voltar no tempo, também seria nela que eu daria mais um abraço. Como boa mineira, sinto que nós já nascemos com saudade de alguma coisa e passamos a vida em busca dessa parte que falta. Quando amadurecemos percebemos que ela sempre estave ali e estava escondida nas pequenas memórias do dia a dia. Adorei... E já estou curiosa para conhecer mais da personagem nostalgia 🫀
obrigado pela leitura, cynira. é bom saber que fomos amados. colo de avó é uma coisa que faz falta pra sempre, né? não há como voltar o tempo, mas há como lembrar com amor e isso é meio como ter de volta de alguma maneira. um abraço!
Cara, tanta coisa pra dizer sobre esse texto!
Vivi uma experiência que se revelaria traumática às portas da adolescência, que foi uma mudança de cidade em 1995. Sempre tive dificuldade de me adaptar a coisas novas - e, como você, mudei de colégio várias vezes. Mas daquela vez foi pior. De início, eu imaginava que seria algo temporário e que logo voltaríamos pra onde a gente morava. Mas o tempo foi passando e vi que isso não iria acontecer, o que me fez mergulhar num período muito complicado. Não gostava de ninguém, não me identificava com as pessoas nem com o lugar, não gostava de sair de casa, não gostava das coisas da época, estava sempre de cara fechada. Minha adolescência foi, de longe, a pior época da minha vida.
E nisso, o apego que sempre tive ao passado (até ao que não vivi) se intensificou absurdamente. A ponto de eu não deixar meus pais venderem a casa onde a gente tinha morado na outra cidade. Mas pior foi quando percebi que lá na outra cidade as coisas também haviam mudado. Meus amigos da rua não moravam mais lá, lugares onde eu gostava de ir não existiam mais, até um dos colégios onde estudei tinha fechado. Foi um beco sem saída: eu era infeliz onde estava, mas já não podia voltar para onde era feliz, porque esse lugar não era mais o mesmo.
Até conheci, depois de mais uma mudança de colégio, uma turminha que me ajudou a "sair do casulo", como você colocou. Mas foi uma época em que muito mais eu tentei "me adequar" do que me expressei como de fato era. Só saí desse mundinho quando vim para Niterói fazer faculdade.
Por outro lado, fui ficando mais pragmático. Embora tenha continuado a cultuar o passado, percebi que a saudade era da época, de todo um contexto pertinente a ela, e sinto que não faz mais sentido voltar aos lugares hoje, nem reencontrar as pessoas, porque o tempo passou. Não só elas mudaram como eu mudei. Claro, tenho muita saudade da minha avó, por exemplo. Mas com cada turma de colégio pelo qual passei eu era um Emmanuel diferente, que por sua vez também é bem diferente do de hoje. Não me reconheço mais na cidade, nas pessoas, nem em mim em relação a aquele tempo. Tudo isso ficou lá.
Eu adoro abrir a caixinha do passado, os álbuns de fotos, e relembrar como era. Inclusive minha newsletter aqui é toda sobre isso. Mas as pessoas e as coisas não costumam se conservar como em cápsulas do tempo. Sendo assim, hoje prefiro seguir adiante.
gosto de gente que diz "tenho muito a dizer sobre isso" e diz. acho que a saudade é da gente mesmo naquele tempo, mas depois de muito viver a gente se dá conta que não se perdeu, que tá tudo dentro da gente, é só saber como acessar. e leitura, música, tv, comida, conversar com quem foi testemunhas de nós ajuda a chegar nesses nossos eus do passado.
eu amo as tuas nostalgias, um abraço!
quem tem o privilégio de viver a vida de adulto como quer sabe bem como é essa dorzinha que fica lá no fundo do peito... estamos onde queremos estar, mas também sentimos falta do que deixamos pra traz. linda reflexão
a recém-expatriada aqui ficou emocionada com esse texto. obrigada!