Conheci o canal desse cara faz um tempo, quando eu entrei numa pilha de ver um react de gringos atrás do outro pra "Negro Drama", dos Racionais. Depois vi alguns outros do Goony (aliás, gosto muito de canais de react assim), mas só essa semana é que assisti a esse de "O Mundo é um Moinho". E foi muito surpreendente e bonito vê-lo se debulhando daquele jeito. Parece que depois de um tempo a gente se esquece de chorar, de como é, do que precisa fazer pra precipitar a lágrima: quando você diz que "de alguém que chora por nada", passou a ser "quem não chora de jeito nenhum", eu me identifiquei muito.
Não vou me lembrar agora de algum verso da música brasileira que me passa exatamente essa sensação descrita. Mas um daqueles que me fizeram e fazem parar pra refletir sempre que escuto vem da música "Meus Irmãos", de Marina Lima e Antônio Cícero - lançada, veja só, em 1993:
"Os homens podem muito pouco. O tempo sempre sabe mais como agir".
oi Junior! esse post foi um carinho hoje. eu já tinha visto o vídeo e foi bom revisitar o assunto; nessa vida de conexão 24h parece que a gente vê tudo tão rápido, tão no susto, raramente alguma coisa volta para nos deixar pensativos uma segunda vez.
bem, minha música oficial de chorar real oficial é Soluços, do Jards Macalé. a letra não diz nada se lida sozinha, mas a interpretação dele é que dá o tom para minha tristeza. recomendo para quando estiver travado de novo rs
Mano que coisa mais linda tudo isso que você trouxe hoje! Iluminou meu dia, nem estava triste mas sei muito bem como é. Esse cara ouvindo Cartola me enfeitiçou, Cartola me enfeitiçou outra vez e você também.
Puxa, que lindo ler isso. Muito obrigado, de verdade. E não é um puta privilégio nascer no país do Cartola e crescer ouvindo canções assim? Eu me emocionei demais vendo ele por isso, porque ele tava descobrindo um tesouro que nós sempre tivemos. Obrigado pela leitura.
Mano que coisa mais linda tudo isso que você trouxe hoje! Iluminou meu dia, nem estava triste mas sei muito bem como é. Esse cara ouvindo Cartola me enfeitiçou, Cartola me enfeitiçou outra vez e você também.
Gente, que legal! A última edição da minha newsletter foi sobre a mesma música (que eu sempre chamei de a música mais triste já escrita), inspirada pelo mesmo vídeo do GoonyGoogles. Vi seu texto indicado em outra newsletter e vim correndo conferir.
Achei linda sua frase "março é o mês que eu me esforço o dobro para existir a metade". Entendo demais a necessidade de chorar pra fora as coisas pra conseguir seguir mais leve. E o álbum que mais mexe comigo em todos os versos é "Canções que você fez pra mim", da Bethania.
opa que eu já fui lá xeretar e assinar sua news. e tá bem lindo o seu texto. muita gente foi afetada pelo vídeo do gooneygoogles. obrigado pela visita e o comentário <3
Conheci o canal desse cara faz um tempo, quando eu entrei numa pilha de ver um react de gringos atrás do outro pra "Negro Drama", dos Racionais. Depois vi alguns outros do Goony (aliás, gosto muito de canais de react assim), mas só essa semana é que assisti a esse de "O Mundo é um Moinho". E foi muito surpreendente e bonito vê-lo se debulhando daquele jeito. Parece que depois de um tempo a gente se esquece de chorar, de como é, do que precisa fazer pra precipitar a lágrima: quando você diz que "de alguém que chora por nada", passou a ser "quem não chora de jeito nenhum", eu me identifiquei muito.
Não vou me lembrar agora de algum verso da música brasileira que me passa exatamente essa sensação descrita. Mas um daqueles que me fizeram e fazem parar pra refletir sempre que escuto vem da música "Meus Irmãos", de Marina Lima e Antônio Cícero - lançada, veja só, em 1993:
"Os homens podem muito pouco. O tempo sempre sabe mais como agir".
Melhoras, querido!
aaaahhh é isso mesmo, muito estímulo o tempo todo, as coisas nem assentam direito. eu anotei aqui esse verso pra colocar numa futura lista.
oi Junior! esse post foi um carinho hoje. eu já tinha visto o vídeo e foi bom revisitar o assunto; nessa vida de conexão 24h parece que a gente vê tudo tão rápido, tão no susto, raramente alguma coisa volta para nos deixar pensativos uma segunda vez.
bem, minha música oficial de chorar real oficial é Soluços, do Jards Macalé. a letra não diz nada se lida sozinha, mas a interpretação dele é que dá o tom para minha tristeza. recomendo para quando estiver travado de novo rs
Que lindo esse comentário, Vanessa, obrigado! Já favoritei a música do Jards Macalé (amo) pra quando precisar chorar.
entre tantos:
"passas sem ver teu vigia, catando a poesia, que entornas no chão" As Vitrines, Chico
chico nunca erra, é íncrível. <3
Mano que coisa mais linda tudo isso que você trouxe hoje! Iluminou meu dia, nem estava triste mas sei muito bem como é. Esse cara ouvindo Cartola me enfeitiçou, Cartola me enfeitiçou outra vez e você também.
Puxa, que lindo ler isso. Muito obrigado, de verdade. E não é um puta privilégio nascer no país do Cartola e crescer ouvindo canções assim? Eu me emocionei demais vendo ele por isso, porque ele tava descobrindo um tesouro que nós sempre tivemos. Obrigado pela leitura.
Mano que coisa mais linda tudo isso que você trouxe hoje! Iluminou meu dia, nem estava triste mas sei muito bem como é. Esse cara ouvindo Cartola me enfeitiçou, Cartola me enfeitiçou outra vez e você também.
Gente, que legal! A última edição da minha newsletter foi sobre a mesma música (que eu sempre chamei de a música mais triste já escrita), inspirada pelo mesmo vídeo do GoonyGoogles. Vi seu texto indicado em outra newsletter e vim correndo conferir.
Achei linda sua frase "março é o mês que eu me esforço o dobro para existir a metade". Entendo demais a necessidade de chorar pra fora as coisas pra conseguir seguir mais leve. E o álbum que mais mexe comigo em todos os versos é "Canções que você fez pra mim", da Bethania.
opa que eu já fui lá xeretar e assinar sua news. e tá bem lindo o seu texto. muita gente foi afetada pelo vídeo do gooneygoogles. obrigado pela visita e o comentário <3
Que texto lindo! Cartola é genial e O Mundo É Um Moinho é, de fato, uma das composições mais belas e tristes que conheço.
No mesmo nível de lindeza e tristeza me lembro de "Espelho" do João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro, principalmente nas estrofes:
"Êh, vida à toa
Vai no tempo, vai
E eu, sem ter maldade
Na inocência de criança de tão pouca idade
Troquei de mal com Deus por me levar meu pai"
E também
"Um dia eu me tornei o bambambã da esquina
Em toda brincadeira, em briga, em namorar
Até que um dia, eu tive que largar o estudo
E trabalhar na rua, sustentando tudo
Assim sem perceber, eu era adulto já"