Linda homenagem em forma de crônica ao Cícero. Fullgás realmente é um hino de amor à abertura e à experiência. Virgem também é aquela coisa perigosa e um hino ao Rio de Janeiro. Belíssima. Abraço.
Que bela homenagem ao Antonio Cícero! Assim que fiquei sabendo da notícia da morte desse nosso grande poeta e compositor lembrei que havia lido recentemente, aqui mesmo na sua newsletter, você exaltando justamente o catártico e brasileiríssimo verso "você me abre seus braços e a gente faz um país"!
Tenho quase certeza de ter visto Antônio Cícero certo dia na estação de metrô do Largo da Carioca, entrando no trem sentido Botafogo. Entrei no mesmo vagão. Ele lia alguma coisa, e preferi não incomoda-lo. Afinal, o que dizer além do que parecia trivial: que o admirava muito e que sua presença na minha casa e na minha vida, como poeta e letrista, vinha desde tempos imemoriais?
E de fato a obra da parceria Cícero/Marina, transgressora sem perder a elegância, fez parte da minha formação musical desde que me entendo por gente. Tocava muito no rádio e na televisão. Meus pais sempre foram fãs. A gente teve/tem os discos (lembro desse texto que você citou no LP do "Fullgás"). As músicas da Marina - e eu me lembro de quando era só Marina, ainda sem o Lima - faziam parte das várias fitas K7 que a gente gravava e ouvia no carro, principalmente nas viagens de férias pra Guarapari, ali no comecinho dos anos 90.
E era uma parceria tão prolífica que ainda rendeu grandes composições pra serem gravadas também por outros astros da MPB: “Bobagens Meu Filho Bobagens” ficou pro Caetano, “Pra Sempre E Mais Um Dia” com a Zizi Possi, “O Lado Quente do Ser” foi sucesso imenso na voz da Bethânia, “Três” foi pra Adriana Calcanhotto etc. Aliás, a própria Calcanhotto virou parceira frequente, assim como já eram o João Bosco e o também poeta e letrista maravilhoso Waly Salomão.
Mas para além dos encartes dos discos, a obra de Cícero também chegou a mim pelos livros que eu puxava na estante do meu pai, como a coletânea “Esses Poetas”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda nos anos 90. Poemas como "Guardar", "Onda" e "Água Perrier" me marcaram pra sempre.
Costumo dizer nesses casos que a obra permanece, pois é eterna. A obra de Antônio Cícero é não só eterna como atual, livre, linda e necessária. Viva Cícero!
baita poeta foi antonio cícero!
Linda homenagem em forma de crônica ao Cícero. Fullgás realmente é um hino de amor à abertura e à experiência. Virgem também é aquela coisa perigosa e um hino ao Rio de Janeiro. Belíssima. Abraço.
Eu colocando e tirando a deliciosa carne de vaca "você me abre seus braços..." do meu texto, e você vem com todo o rebanho. Muito bom!
"É festa no outro apartamento".
mas é a "emoções" deles, não tem como não citar hahahaha. obrigado!
Mas como você verá, sempre tem a turma da "Detalhes".
Demais. Não conhecia nada de Antônio Cícero, embora, vira e mexe, coloque Marina Lima na playlist do carro. Obrigada por compartilhar. ☺️
Obrigada pelo carinho, Júnior. Seguimos com a poesia eterna em nossas vidas! Abraços! <3
Não sabia muito sobre a vida de Cicero e amei conhecer um pouco mais nesta edição. Viva Cicero e a poesia!
Que bela homenagem ao Antonio Cícero! Assim que fiquei sabendo da notícia da morte desse nosso grande poeta e compositor lembrei que havia lido recentemente, aqui mesmo na sua newsletter, você exaltando justamente o catártico e brasileiríssimo verso "você me abre seus braços e a gente faz um país"!
Amor esperto
Tão bom amar
Eu estava ouvindo o disco hoje e abri sua news agora e olha lá Fullgaz.
Um beijo
Tenho quase certeza de ter visto Antônio Cícero certo dia na estação de metrô do Largo da Carioca, entrando no trem sentido Botafogo. Entrei no mesmo vagão. Ele lia alguma coisa, e preferi não incomoda-lo. Afinal, o que dizer além do que parecia trivial: que o admirava muito e que sua presença na minha casa e na minha vida, como poeta e letrista, vinha desde tempos imemoriais?
E de fato a obra da parceria Cícero/Marina, transgressora sem perder a elegância, fez parte da minha formação musical desde que me entendo por gente. Tocava muito no rádio e na televisão. Meus pais sempre foram fãs. A gente teve/tem os discos (lembro desse texto que você citou no LP do "Fullgás"). As músicas da Marina - e eu me lembro de quando era só Marina, ainda sem o Lima - faziam parte das várias fitas K7 que a gente gravava e ouvia no carro, principalmente nas viagens de férias pra Guarapari, ali no comecinho dos anos 90.
E era uma parceria tão prolífica que ainda rendeu grandes composições pra serem gravadas também por outros astros da MPB: “Bobagens Meu Filho Bobagens” ficou pro Caetano, “Pra Sempre E Mais Um Dia” com a Zizi Possi, “O Lado Quente do Ser” foi sucesso imenso na voz da Bethânia, “Três” foi pra Adriana Calcanhotto etc. Aliás, a própria Calcanhotto virou parceira frequente, assim como já eram o João Bosco e o também poeta e letrista maravilhoso Waly Salomão.
Mas para além dos encartes dos discos, a obra de Cícero também chegou a mim pelos livros que eu puxava na estante do meu pai, como a coletânea “Esses Poetas”, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda nos anos 90. Poemas como "Guardar", "Onda" e "Água Perrier" me marcaram pra sempre.
Costumo dizer nesses casos que a obra permanece, pois é eterna. A obra de Antônio Cícero é não só eterna como atual, livre, linda e necessária. Viva Cícero!