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Avatar de Jaqueline

Que bonito você falando da sua avó :)

Fiz 30 anos na pandemia e também prefiro essa minha versão mais velha, mais solitária sim, mas mais calma. Acho que a sensação de não ser obrigada a fazer coisas é a melhor parte, na juventude a gente quer pertencer, quer ser notada, mas com o tempo isso vai deixando de ser uma questão e acho que há certa liberdade nisso.

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Avatar de Emmanuel do Valle

"I'm so glad to grow older

To move away from those younger years"

Era o que cantava o Morrissey numa canção de seu primeiro álbum solo chamada "Break Up The Family". A minha sensação da chegada dos 30 em diante pode ser expressada com precisão por esses versos - e eu já faço 40 no ano que vem! Tô adorando!

Porque saudade mesmo eu só tenho da infância. Minha adolescência foi horrível, a pior fase da minha vida, de longe, por uma série de motivos. E o começo da vida adulta, a faculdade, a entrada nos 20, foram uma espécie de... adolescência tardia, sobretudo no aspecto afetivo.

Hoje eu dou graças a Deus por não ser mais como era naquela época. Quando os 30 chegam, a gente ganha o dom de ter menos certezas, menos pretensão de convencer os outros, de não entrar fácil em certas pilhas bobas, de criar menos expectativas e de não dar tanta importância nem mesmo pra isso tudo. Essa coisa "angry young man" vira passado.

Mas também é curioso porque, por outro lado, eu sempre fui "velho" num certo sentido ranzinza da coisa. Sempre tive cansaço de balada, nunca achei graça em beber (demais), tenho horror de lugar cheio e raramente troco o conforto do lar por algum tipo de "diversão" duvidosa.

E, sim, eu AMO ter - e AMO quem tem - esse vasto cabedal de referências que você citou e que a idade nos permitiu dispor. Como dizia o velho Briza, "eu venho de longe". A gente que é velho é que se entende. ;-)

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