a torto e a direito
#94 - (edição extra) mesmo escrevendo grátis aqui, eu ainda quero seu dinheiro, se você quiser me dar dinheiro. então, com vocês, meu livro que entra em pré-venda hoje!
olá, vocês!
não sei como começar este texto sem dizer “precisamos conversar”. porque sempre que alguém diz “precisamos conversar”, sempre é indício de que vem coisa braba por aí, término, demissão, morte. nada bom sai daí. mas te juro que o que vou falar aqui hoje é bom. bom demais, ao menos pra mim. vamos lá.
se você acompanha mais de uma newsletter sabe que boa parte delas é gratuita e outras têm sistemas de assinatura em que parte do conteúdo é livre e a outra parte fica disponível só para assinante. e me parece que muita gente muito boa está embarcando nesta, o que é incrível. mas não funciona muito pra mim, pelo menos como eu tenho visto a coisa, de onde eu vejo.
primeiro porque eu não saberia fazer deste espaço, onde eu me divirto, aprendo e troco tanto, um mercadinho. eu não saberia escolher que textos iriam para todos os leitores e quais seriam exclusivos. e não sei que recompensa seria interessante para quem pagasse para ler o que eu escrevo. de verdade, esta newsletter nasceu e existe para ser gratuita e tem funcionado muito bem assim.
nesses quase cinco anos longe do jornalismo em si, eu sinto falta de escrever algo que vá além de textos de marketing e copys que eu faço atualmente. eu gosto muito do meu trabalho, mas existe um escritor aqui e ele precisa seguir ativo e bem, para que eu possa funcionar direitinho e não surtar. e as cinco ou seis coisinhas é este espaço para mim. eu já tive uma dezena de blogs (que saudades, anos 2000), medium, redes, mas nada foi tão bacana quanto esta casinha virtual onde eu escrevo memórias, crônicas e declarações de amor (e ódio).
mas eu também sou um jornalista. esse sempre foi o meu projeto de vida, sair pelo mundo, contando como eu vejo ele girar. é uma visão bem romantizada do jornalismo, eu sei, mas é o que eu gosto de ser. pois bem, depois de tudo isso, este texto é para dizer que, mesmo escrevendo grátis aqui, eu ainda quero seu dinheiro, se você quiser me dar dinheiro. não, não é uma vaquinha online. mas por favor, compra meu livro que está em pré-venda na amazon.
ah, não tá sabendo? eu tenho agora dois livros na amazon. o primeiro, cinco ou seis coisinhas que aprendi sendo trouxa é um apanhado de crônicas, algumas que você já leu aqui ou em outros rincões em que eu já frequentei pela internet. o segundo, a torto e a direito, é meu filho mais velho, mais jornalístico e obviamente, menos lido. isso porque ele foi produzido há seis anos, como meu trabalho de conclusão do curso de jornalismo e só ganhou cinco exemplares impressos.
é um trabalho do qual eu me orgulho bastante, porque ele é uma profissão de fé e amor no fazer jornalístico muito sincera e muito bonita. por isso eu acho que você deve ler este livro.
tá, mas sobre o que é esse livro? a torto e a direito é um livro-reportagem com quatro histórias contadas em primeira pessoa, como escritor e participante da ação. é um filho temporão do gonzo, modalidade de jornalismo em que o autor embarca na reportagem e narra tudo, não importa o que aconteça, da forma mais direta possível.
este livro é dividido em quatro partes, cada uma sobre um local específico. tudo honrando o bom jornalismo literário, devoto que sou de santa eliane brum, são gabriel garcía marquez e são truman capote:
a primeira reportagem acompanha trabalhadores da rua: um entregador de panfleto, um homem-placa, dois malabaristas de sinal e um garoto de programa são meus guias pelas ruas do centro de goiânia.
na segunda reportagem eu percorro cinemas pornô para contar a história daqueles estabelecimentos, dos dias em que reinavam como opção de lazer e entretenimento familiar até os dias de hoje, em que exibem filmes eróticos para um público mais seleto e solitário.
na terceira reportagem, vou até o vale do amanhecer, um povoado próximo a brasília onde médiuns incorporam espíritos que dizem prever o futuro e adivinhar o destino das pessoas.
por último, eu passei três dias numa aldeia xavante, no mato grosso, onde participei de ritos daquele povo e aprendo sobre sua realidade e cultura.
o título do livro vem de uma expressão muito usada pela minha família para se se referir a algo feito sem muito método. é uma expressão carregada de goianidade que eu tomo aqui emprestada para descrever meu fazer jornalístico. foi a torto e a direito que eu escrevi este livro, imbuído de um tanto de faro jornalístico, outro tanto de sorte e um tanto desmedido de cara de pau. quatro reportagens que me chegaram ao acaso, foram vividas em um golpe de sorte e escritas, cada uma, em seu tempo específico e gestadas à sua maneira.
o livro anterior está disponível e este entra em pré-venda hoje e vai estar disponível no dia 22 de dezembro somente para kindle, na amazon. e para quem assina o kindle unlimited, ele pode ser lido gratuitamente, basta baixar o arquivo no seu leitor. cada leitura conta e mesmo para quem o lê pelo unlimited, eu ganho uns trocadinhos. como não é possível postar o link direto para o seu email no substack, deixo aqui meu linktree e daí você pode acessar o site da amazon. se você estiver lendo no site, o link é este aqui.
então, quem quer uma dica boa de livro para as férias de verão, quem quer presentar os migues, quem quer ouvir uns “causos” de um já não tão jovem jornalista e quem nem gosta tanto assim de ler, mas quer ajudar o xunior com uns reaizinhos, compre agora, recomende, deixe uma avaliação na página e principalmente, leia.
pela atenção, muito obrigado!
júnior bueno é jornalista e vive em buenos aires. é autor dos livros a torto e a direiro e cinco ou seis coisinhas que aprendi sendo trouxa, disponíveis em e-book na amazon.